terça-feira, 17 de julho de 2012

Pronto, falei!!!

Usufruindo da boa e velha liberdade de expressão, venho expor algumas opiniões sobre um tema tão batido em nosso país: Educação.

Há algum tempo me sinto incomodada e bastante preocupada com relação aos rumos que essa área vem tomando.

Partindo do princípio que a educação é a base de uma nação próspera. Sinto-me consternada em imaginar como será o Brasil das próximas gerações.

Falava-se muito antigamente em sucateamento das escolas públicas, em se tratando de infra-estrutura. Mas hoje o sucateamento é outro. Cito como exemplo o modelo implantado nas escolas municipais aqui de Minas, que ao meu ver, está falido. Os estudantes saem do ensino fundamental sem base alguma para o Ensino Médio. São "empurrados", como dizemos, de um ano para outro.

Professores cada vez menos valorizados, encontram muitos obstáculos no exercício da profissão. Uma vez que não é necessária nota para passar, o estudante fica sem motivação.... Muitos vão para escola sem qualquer compromisso. O que leva o educador a exercer muitas vezes a função de babá.  Isso mesmo. Ao invés de lecionar, ele cuida para que não ocorra nada de mais grave dentro da sala de aula. Essa é a mais pura realidade.

O interesse do governo é ter um grande número de pessoas formadas, mas totalmente alienadas e sem um mínimo de senso-crítico.

Esses jovens se resumem em estatísticas para o governo.

Infelizmente somos apenas números na calculadora desse sistema sujo!

Acho até que deveriamos mudar os dizeres da nossa bandeira de: Ordem e Progresso para: Orem pelo progresso...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Aquela agradável noite

Era noite de outono...

 Ela ainda não acreditava estar naquele lugar tão calmo...

 A escuridão é invadida por pequenas luzes num fantástico vai e vem. "São  pirilampos", ela sussura.

Ao fundo, o som dos grilos traz novamente a tranquilidade tão desejada.
Encontrava-se, enfim,  longe da  inquietude de sua cidade.

Inundada com tamanha paz, ela inclina a cabeça respirando um ar puro, com cheirinho de mato, típico de roça.

No momento que deparou-se com aquele céu esplêndido. Tomado por estrelas radiantes, nunca antes vistas.  Podia até identificar algumas constelações. Era o máximo!

 Há tempos não desfrutava de um momento tão agradável.

Neste instante um  forte barulho rompe aquele sossego.

 -Mas o que é isso? Ela pergunta assustada.
-É o despertador, diz seu marido ainda sonolento.

E com o ar fresco ainda em suas narinas, ela percebe que tudo não passara de um sonho.

E levanta desanimada para mais um dia de trabalho...

sábado, 14 de julho de 2012

A boa filha à casa torna

Encontro na escrita um refúgio para minhas tristezas, insatisfações e também um extravasamento de minhas alegrias. Fiquei um tanto quanto sumida do meu blog. Mas agora o retomo. Sinto necessidade de expor minhas idéias, por mais que muitos não concordem com elas... Este é um dos encantos de se ter um blog. Cada pessoa vê certa situação de uma determinada maneira. Somos tão iguais e tão diferentes... Esse é nosso mundo: Cheio de contradições. Essa é nossa vida: Cheia de coisas para contar...

sexta-feira, 25 de março de 2011

"A hora do planeta"

           Observando as situações do meu dia a dia, constatei que o ser humano traz consigo o poder de mudar tudo que está em sua volta.
Caminho pela cidade com desânimo e tristeza de pensar em como as pessoas não têm amor próprio, e consequentemente pelos outros que os rodeiam.
É impossível não se incomodar com as “chaminés ambulantes” que nos trombam a cada esquina, em praças e lanchonetes. E como se não bastasse, fazem questão de soltar aquela fumaça toda pra cima de nós...
As calçadas encontram-se imundas. Sendo que, muitas vezes as lixeiras estão a menos de 1 metro de distância, “Afff é o fim!”.
Hoje um dos assuntos mais comentados no Twitter está sendo “A hora do planeta”, que ocorrerá amanhã.
Admito que é uma causa nobre, mas será que as pessoas estão realmente empenhadas em melhorar o meio em que vivem???
É muito fácil e cômodo posarmos de bons moços para nossos seguidores, twittando mensagens de apoio à causa.
Mas a prática é no dia a dia. E não é o que vejo acontecer.
            “A hora do planeta” não deve resumir-se em desligar as luzes por uma hora, num determinado dia. Ela deve estender-se às 24horas do nosso cotidiano. Um gesto de colaboração com o próximo, os cuidados para o não desperdício dos recursos naturais ou um simples ato de jogar o lixo no local certo, já muda todo o ambiente que nos rodeia  e que estamos inseridos.

By Érid Evangelista
           

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia de carnaval

Tinha tudo pra ser diferente.
Esperava um dia tranquilo, sereno.
Mas não foi o que o destino, ou qualquer força que fosse, quis.
Eu tinha o amor em minhas mãos, não somente nelas....
 Ele pulsava em cada pedaço do meu corpo.
Ardia, queimava minha pele feito brasa, cada vez que do meu amor eu me aproximava.
“Carnaval, oh insensato carnaval...”
 Com uma força descomunal, trouxestes um vendaval. Capaz de virar de pernas pro ar um amor tão surreal , um relacionamento sem igual...
Carnaval, festa da perversão, do desprendimento.
Do desprendimento de valores e do amor...
Eu aqui desejando um dia calmo, e o carnaval teimando em atravessar meu caminho.

By Érid Evangelista

terça-feira, 8 de março de 2011

Fúria

Arrebatando meu corpo
Castigando minha alma
Prensando-me os dentes
Provocando-me calafrios
Taquicardia
Tremores nas pernas
Respiração ofegante
Tranquilidade distante
Fúria...
Encontro-me em estado de fúria!!!

By Érid Evangelista

INfeliz aniversário

Era seu aniversário de 24 anos.
Já passava das 23 horas quando ela refugiou-se em seu quarto.
As pessoas lá fora ainda comemoram.
A social já havia sido feita, em contrapartida seu pessoal encontra-se despedaçado.
Enquanto os outros brindavam por sua felicidade a uma parede de distância, ela buscava, sozinha em  seu quarto, embriagar-se com suas lembranças. Saudosas lembranças...
Um vento bate na porta fazendo uma fresta.
Em cima da escrivaninha, a foto. Um lampejo incide naquele rosto. Razão de tanta saudade, sofrimento e amargura.
“Ah se ele estivesse aqui”. Tudo seria diferente! Estaríamos juntos comemorando com os outros!”
Mas ele não está.
A mesma mão humana que ajuda no parto é, muitas vezes, a que tira a vida.
Ele foi tirado impiedosamente de seu convívio. Ela já não pode vê-lo, tocá-lo e tampouco sentir aquele abraço fraterno de muitos aniversários passados juntos. Vinte e três ao certo.
Era o primeiro aniversário longe dele.
Eram gêmeos. Eram não, são, pois a morte pode subtrair muitas coisas, mas as vivências e lembranças de tudo que passaram juntos, isso ela nunca arrancará.
Debruçada em sua janela, ela contempla o céu.
“Que esplêndido”,  sussurra.
Ela busca em cada estrela o brilho dos olhos do seu irmão, querido irmão.
Na esperança de um reencontro.
E na certeza da saudade, eterna saudade...

By Érid Evangelista